Tragedia Chapecoense, Edmundo rivela: «Dovevo esserci io»

L’ex attaccante di Fiorentina e Napoli avrebbe dovuto seguire il club brasiliano nel viaggio che è costato la vita a 71 persone per un disastro aereo
Tragedia Chapecoense, Edmundo rivela: «Dovevo esserci io»© LAPRESSE
5 min

ROMA – «Dovevo esserci io, ma poi sono rimasto in patria». E’ una testimonianza scioccante quella rilasciata da Edmundo a Good Morning Fox. L’ex calciatore, tra le altre di Fiorentina e Napoli, è scampato ad una possibile morte, evitando il viaggio per seguire la Chapecoense nella finale d’andata di Coppa sudamericana contro l’Atletico Nacional. Su quell’aereo, precipitato a 50 km da Medellin lunedì sera quando in Italia erano le 4.34, doveva esserci anche lui per ricoprire il ruolo di commentatore con Fox Sports Brasile, ma un problema famigliare ha fatto saltare il tutto.

IL RICORDO SU INSTAGRAM – «Dico spesso che il calcio è una metafora della vita e forse questo è il motivo per cui mi sento così triste...» scrive in tono triste Edmundo su Instagram, ricordando i 71 morti e il suo affetto per la Chapecoense che aveva «adottato insieme alla Fox perché erano ragazzi come noi». Al suo posto, per seguire la finale della Copa Sudamericana, è andato il collega Mario Sergio, ex ala sinistra di Fluminense, Botafogo e Palmeiras e defunto nel disastro aereo di lunedì.

 

Costumo dizer que futebol é metáfora da vida e talvez por isso esse lance com a Chapecoense me deixa tão triste. Porque, por mais que torçamos pra Flamengo, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Santos e outros grandes times, na vida a gente é mesmo uma Chapecoense. A gente sonha, luta, batalha, joga fechadinho na defesa, aguenta pressão no trabalho, salva bola em cima da linha no último minuto e quer ser campeão de algo, vibrar com a felicidade, alçar vôos altos. A gente é Chapecoense na vida porque, por mais que algumas vezes queira e em outras se sinta impotente, está lá, sempre na peleja. Nem sempre com torcida a favor, às vezes com o estádio da vida lotado, tentando virar o jogo fora de casa, mas estamos lá, buscando nossa realização, nosso conto de fadas. A gente adotou a Chapecoense porque ela é gente da gente. Com essa queda, a gente vê como se importa com bobagem, como perde energia com coisas pequenas, inclusive por aqui. Como a gente se demora em questões que não geram amor. "Donde no puedas amar, no te demores". Já que vamos seguir na vida, é preciso ser mais Chapecoense. Se encontrar mais, sorrir mais, discordar quando for necessário, mas se respeitar mais. Cultivar os afetos, deixar os desafetos pra lá, nos livrar das âncoras e seguir com as velas. É preciso seguir, é preciso soprar. Vamo, vamo, Chape. Na metáfora dessa vida, jogo de futebol eterno, Chape somos nós. Texto de Artur Crispin.

Una foto pubblicata da Edmundo Souza (@edmundosouza10) in data:

 


© RIPRODUZIONE RISERVATA